POLÍTICA

Quatro dos Vereadores mais votados ficam fora da Câmara em Itápolis: entenda o motivo

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As eleições municipais de 2024 em Itápolis trouxeram surpresas para muitos eleitores. Entre os nove vereadores eleitos, alguns dos candidatos mais votados acabaram não conseguindo uma cadeira na Câmara Municipal, enquanto outros, com menos votos, garantiram seus lugares. Esse resultado gerou questionamentos e confundiu muitos eleitores que não compreendem como o sistema proporcional influencia as eleições. Entenda por que quatro dos candidatos mais votados não foram eleitos e como funciona o sistema proporcional.

Quem Ficou de Fora?

Quatro candidatos que estiveram entre os mais votados em Itápolis não conseguiram se eleger, mesmo obtendo uma quantidade expressiva de votos. Veja quem são eles e quantos votos receberam:

  • Leonardo Santos Legendário (PSB): 685 votos (3,44%)
  • Zequinha Kawachi (PSD): 530 votos (2,66%)
  • Marcilio Energia (REPUBLICANOS): 353 votos (1,77%)
  • Marcio Gomes (PL): 336 votos (1,69%)

Esses candidatos receberam mais votos que alguns eleitos, como Lourival Tomé (PL), que obteve 399 votos, e Murilo H. Poppi Rossi (PRTB), com 329 votos, mas mesmo assim não garantiram uma cadeira. Isso se deve ao sistema eleitoral proporcional adotado nas eleições para vereador.

Por Que Eles Não Foram Eleitos?

Para entender por que candidatos mais votados não foram eleitos, é preciso compreender o sistema proporcional, que é utilizado nas eleições para a escolha dos vereadores. Diferente do sistema majoritário, em que o candidato com mais votos é eleito (como ocorre nas eleições para prefeito, por exemplo), no sistema proporcional, o foco não está apenas nos votos individuais dos candidatos, mas também no desempenho dos partidos. Existem duas etapas principais nesse processo: o quociente eleitoral e o quociente partidário.

  1. Quociente Eleitoral (QE): O quociente eleitoral é calculado dividindo o total de votos válidos pelo número de cadeiras disponíveis na Câmara Municipal. Em Itápolis, são nove cadeiras para vereador, e a quantidade de votos válidos é usada para determinar quantos votos são necessários para garantir uma vaga. Este valor não garante a eleição direta do candidato, mas sim do partido ou federação.
  2. Quociente Partidário (QP): Uma vez definido o QE, calcula-se o quociente partidário, que é obtido dividindo o número de votos válidos de cada partido pelo QE. Isso determina quantas vagas cada partido terá direito. Ou seja, não basta um candidato ter muitos votos; o partido também precisa ter um desempenho expressivo para garantir cadeiras.
  3. Cálculo das Sobras: Caso ainda sobrem vagas após a aplicação do quociente partidário, essas cadeiras são distribuídas com base na média de votos dos partidos ou federações, sendo necessário atingir pelo menos 80% do QE para participar dessa etapa.

O Impacto do Sistema Proporcional

No sistema proporcional, a quantidade de vagas que um partido pode conquistar depende de quantos votos totais ele obteve. Assim, candidatos que têm muitos votos, mas pertencem a partidos que não atingiram o QE necessário, acabam não sendo eleitos. Por outro lado, candidatos com menos votos, mas que pertencem a partidos que tiveram um bom desempenho geral, conseguem as vagas.

No caso de Itápolis, candidatos como Lourival Tomé (PL) e Murilo H. Poppi Rossi (PRTB) garantiram suas vagas porque seus partidos atingiram o quociente partidário necessário para conquistar cadeiras. Já candidatos como Leonardo Santos Legendário (PSB) e Zequinha Kawachi (PSD), apesar de terem recebido mais votos que alguns eleitos, não conseguiram garantir uma vaga porque seus partidos não alcançaram o desempenho necessário.

Por Que Esse Sistema Existe?

O objetivo do sistema proporcional é garantir uma representação mais plural e diversificada na Câmara Municipal, dando espaço para que diferentes correntes ideológicas e partidos estejam representados. Isso significa que os votos não se concentram apenas nos candidatos mais populares, mas sim que há uma distribuição das cadeiras de acordo com a força de cada partido. Assim, evita-se que apenas partidos grandes ou candidatos de grande visibilidade tomem todas as cadeiras, promovendo uma maior diversidade política.

O sistema eleitoral proporcional é complexo e muitas vezes causa surpresa nos resultados, especialmente quando candidatos bem votados não conseguem se eleger e entender o sistema proporcional é fundamental para compreender como se dá a representação política e por que o desempenho do partido é tão importante quanto o voto individual.

Matéria gerada por inteligência artificial, com revisão de um humano.
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Conteúdo retirado de paginadointerior.com.br.